quinta-feira, 22 de dezembro de 2011


Ainda não falei da despedida. Aquele momento cinza cheio de lágrimas. Cinzas. Na verdade transparentes, mas cinzas ainda assim. É bem verdade que falo da cor das lágrimas pra fugir da despedida. Pra não lembrar, eu digo. Fugir não dá mais. 
Vejo rostos distantes, sorrindo. Ouço os pedidos e as promessas do fim. Releio as cartas. E como no dia em que se sucedeu a despedida, choro lágrimas transparente-cinzas por toda a minha camisa. "Lágrimas lavam a alma", "Não precisa ter vergonha de chorar". Todas as palavras. Gravadas. 
Doeu dizer adeus. Por mais que digam que não tenha sido adeus. Doeu dizer "até logo". Logo não parece o suficiente para confortar a dor das gotas (transparentes) cinzas que caem lá fora. E que caem de mim. 

sábado, 15 de outubro de 2011

Minhas palavras tortas levam-me a tradução completamente infiél do que se passa em mim. Contudo, minha alma grita. Precisa aliviar-se de tudo quanto carrega. Não posso negar isso à alma. Não posso negar-me. As palavras surgem sempre, vez em quando. Mas quando surgem vão logo embora. Preciso aproveitar agora enquanto não estão deslocando-se, nômades que são.
Até aqui não fiz sentido. Não sei se procuro, no fim, o sentido de tudo. Não sei se procuro dar sentido a tudo. Procuro encher-me de vazio. Vazio bom. Aquele que te deixa leve depois do tanto de peso que se tira.
Não sei (sim, eu não sei muita coisa) se o peso que carrego é ruim, de qualquer forma. Mas gente como eu, que não sabe viver sozinha, necessita de compartilhar todo o sentimento, seja ele bom ou ruim. E é o que faço quando escrevo. É o que as palavras fazem por mim.
Não disse enfim o que me pesa a mente. Não disse nada. E digo que nem me foi tão necessário dizer palavra qualquer. É como olhar nos olhos de quem te conhece. Palavras são inexplicavelmente dispensáveis. E eu olhei nos olhos da minha alma, essa que escreve, entendi os seus anseios, abracei-a. E o nada me foi o bastante.
Queria escrever. Há muito que quero dizer. Sem fazer sentido, sem querer entendimento, sem buscar elogios. Queria me fazer  Não sei como. Algumas palavras se prendem, se rebelam, se escondem. E eu permaneço a encarar uma página em branco, sedenta. Permaneço até que minha alma se mostre...

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

"Em meus olhos vermelhos...". A frase ecoou em minha alma. A multidão pulava ao som daqueles que guardavam do mal os ventos da cidade. Eu não pude ouvir mais nada, porém. "Em meus olhos vermelhos". Todas as palavras formando um sentido que nem elas sabiam ter.

A noite anterior fora... fora somente. Fora algo fora do alcance de todo o meu entendimento (não que este seja muito). Portanto direi que a noite fora e ponto. E os olhos vermelhos de quem quer que seja que escrevera a música, remeteram-me à essa noite em que, como para me proteger, escondi-me embaixo do edredom vermelho, grosso, que cobria a minha cama no breu total que se fazia no quarto, e chorei. Chorei a ponto de não acreditar que tudo aquilo que saía de dentro de mim era sofrimento guardado que se alimentava do peso que era ver os corpos mais distantes entre si, os passos não mais audíveis. 

Nessa noite chorava por uma noite outra: a escuridão engolia os resquícios de alma das avenidas. O silêncio era o tudo e o vazio o completava. Voltava sozinha do apartamento de um tal que conhecera certo dia e que me fizera amar de um jeito tal que não se é possível explicar. Voltava do apartamento deste tal carregando todas as palavras que brilhantemente disse ao espelho pouco antes de pegar minhas chaves e abandonar minha covardia na porta. Ela me seguiu, porém. Me tomou. E as palavras permaneceram trancafiadas junto com o sofrimento guardado que causara meus olhos vermelhos. 

Pensei em como desejava nunca na vida sentir algo tão quanto eu sentia. Era o mesmo que estar doente buscar a todo tempo o olhar que se desencontrava e querer que ele não se perdesse jamais. Era isso, enfim. Estava doente de tanto sentir o que não sei.

Encarava o nada da rua e também o nada que se formava dentro de mim. Um buraco no meio aberto pela vontade de se dizer o que, o quanto, sem saber nem como, nem onde. Caminhava para o longe ao longo da calçada para apagar a lembrança de que estive lá e nada, nada do que precisava dizer fora dito.

Havia, porém, uma repetição dos fatos. No fim das contas, sempre fora assim. Nada se diz. Edredom vermelho e escuridão. Lágrimas cheias de sofrimento guardado, a causa dos meus olhos vermelhos. E em meus olhos vermelhos algo semelhante a. 

domingo, 14 de agosto de 2011

Ser nem sempre é estar ou querer estar nem sempre é melhor que seja. Acordar, às vezes é melhor que nem. Entender, às vezes é melhor que nunca, é melhor que sim. Fazer nem sempre é o que se pode, às vezes o que se deve, pensar. Dizer é o que se pensa, melhor ainda, o que se sente, o que não deve. Sobre sentir não digo. Sentimento não se entende, não se busca. Só...se sente. Existir é aquilo que todo mundo faz, não o que todo mundo tenta. Saber é quando se entende e entender às vezes é melhor que nunca, é melhor que sim. Então é melhor que saiba. Ter o que se não quer e querer o que se não tem é como a vida é. Ter é querer mais. Hoje é. Amanhã é também mas talvez não será, essa é a diferença. Futuro é nada, futuro, não brinca, futuro se espera.  Estar é hoje e hoje é. Estar é pra sempre até o dia que terminar. Não sei quando termino. Terminar é dar fim pra começar de novo, e de novo, e de novo...

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Meus olhos cansados miram os seus. Ira, ódio, desejo, tudo num só segundo transpassa sua íris e atinge a maçã do meu rosto. Não posso evitar o sorriso que só te faz querer gritar mais. Palavras sem sentido me acertam o centro do peito. Seus lábios numa linha demonstram a satisfação por ter vencido o que pareceu ser uma batalha. Atingido, paro, e, dos pés que mal te sustentam à ponta da sua cabeça cheia de loucura e whisky, te analiso. Te tomo, enfim. Te como, me queimo, me ardo. Se entrega, se lança, me arrasta. Os vestígios da guerra espalhados pela sala. Minha mão, sua nuca, sua boca, meu pescoço, minha alma, nosso corpo, eu-você.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Aos dias vazios de sábado à noite ou cheios de café sem açúcar numa escrivaninha com livros empilhados, digo que não quero mais a solidão à meia luz que me dão sempre quando o relógio bate a primeira hora da madrugada. Sim, porque companhias como estas não são nada mais do que a afirmação de que não tenho. Não tenho e não possuo nada além dessa velha poltrona e meias encardidas que me acompanham por toda sala quarto cozinha  então sala de novo. Pelo menos não tenho filhos, pobre deles. Seriam grandes herdeiros de uma merdinha qualquer que o pai deixou.
Pensamentos miseráveis dignos desses dias em que me vejo encarando a parede calada. Maldito dia de sábado a noite. Maldita dor. Maldito aquele que disse que não se pode ficar sozinho. Maldito.
Às vezes odeio quem finge que odeia algo só por que se afeta facilmente com o que o algo diz. Odeio quando me pego fazendo coisas que odeio. Por isso é que tão precisamente no interior do meu fígado, ou pâncreas ou coração, não sei mais, os dias à meia luz de noites de sábado me acertam. São eles que despertam a minha vontade de gritar que não preciso de ninguém. Que não preciso de mentiras. Que, na verdade, preciso de... que se foda, preciso de você.

sábado, 9 de abril de 2011

Te vi hoje olhando para longe... provavelmente pensando em alguém. Ah, que sortudo alguém.
Te observei sem que me notasse. Como estava lindo. Lindo como só você é. Tão desengonçado que me arrancou algumas risadas. Não pude evitar o desejo de te abraçar enquanto observava seus movimentos vacilantes.
Seus óculos caíam levemente sobre seu nariz e você parecia nem perceber. Não te incomodava. Aliás, nada ao seu redor parecia ter alguma relevância. Estava tão distraído. Deus sabe que eu daria o mundo pra saber o que se passa no mistério que é sua mente.
Ah, você. Nem sabe quem eu sou. Nunca me notou provavelmente. E no entanto sei que te conheço. Sei que você daqui pra frente me pertence.
Ou melhor, acho que sou eu que pertenço a você. É. Você me tem. E nem sabe, veja só.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Saudade de pertencer a algum lugar. De pertencer a alguma época onde os velhinhos sentam na praça pra ver o dia passar enquanto os jovens se ocupam em fazer uma revolução. Saudade de estar em algum lugar. De estar onde abraços, sorrisos e 'eu te amos' curam de tudo. Do mais simples joelho ralado que a criança conseguiu quando descia a rua no seu carrinho de rolimã até a dor de despedir-se de quem se vai e não volta mais. Saudade das coisas que ouvia dos constantes sonhadores. Seus sonhos pareciam tão vivos. Pareciam chama que aos poucos se alastra e atinge todo e qualquer coração que esteja próximo. Saudade de pertencer a ti novamente. Porque quando se fora é que meus olhos cegaram. Tudo o que me resta é a saudade. Saudade do que uma vez eu vi e me parecia perfeito. Saudade de você.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Dois bêbabos, duas almas

Um bar na noite de sábado e o barulho incessante das conversas vazias e dos copos tilintando, ou pelo brinde a ser feito, ou para chamar a atenção do garçom descuidado que os deixou vazio. Em uma mesa os risos podem ser ouvidos por quem dobra a esquina. Em uma outra, as confissões que jamais seriam feitas sem aquelas doses de whisky que arruinaram pra sempre a vida de dois. A rotina do lugar onde os outros vão pra fugir da rotina se repete. Os dramas de outros rostos enchem agora novos copos. E era assim. Tudo igual.
Mas dessa vez dois homens com a pureza de dois bêbados andavam em direção ao que parecia ser a única mesa vazia do lugar. Provavelmente já haviam sido expulsos de outros bares pela cidade. Parece ainda uma cena normal para esse tipo de ambiente. Mas certamente o que vi naqueles olhos (nos dois pares de olhos caídos pela bebedeira) não era nada, nada rotineiro. Nada que os meus olhos tenham visto, pelo menos. Não pude deixar de repará-los pelo resto da noite. A conversa entre aquelas duas almas parecia ser interminável. Sim, porque não conversavam de corpo a corpo. Suas almas é que mantinham o contato. Suas almas é que se abriam sem nenhum pudor ou medo. E seus corpos não poderiam controlar porque suas almas fortes e mais do que tudo sedentas pela compreensão que só encontraram umas nas outras estavam dispostas a demorar o tempo que fosse preciso até que ficassem limpas de novo. Pobres almas que quando finalmente desistiram de dizer qualquer coisa pelo bem de quem ouvisse foram desafiadas a se abrirem. E uma vez que fizeram, jamais foram capazes de se fecharem de novo. Porque agora não estavam sozinhas. Aquelas duas almas eram uma só.
Nunca soube o que é que descutiam ou o rumo que tomou toda aquela conversa que para os ouvidos ao redor era apenas papo sem cabeça fruto das algumas tantas doses que ninguém conseguiu contar. Mas sei que não era só isso. Sei que presenciei algo raro. Algo que talvez nunca mais volte a acontecer em meu campo de visão. Aquelas almas provavelmente não sairão da minha memória e agora que estão prontas pra fazerem coisas inacreditáveis (graças ao que fizeram por si mesmas) eu sei que ainda ouvirei falar sobre elas.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Abri a página e esqueci o que ia dizer. Talvez o que achava que precisava dizer não devesse ser dito. Não sei porque estou falando sobre isso, então, já que eu não vou postar nada no final das contas. Mas achei interessante a maneira como minha mente funcionou agora. Mesmo sem meu consentimento. Completamente contra minha vontade. Queria saber quando é que eu vou parar de ser controlada por meus próprios pensamentos.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Porque ele pediu

Ele me disse: 'Jade, se você quer ficar comigo sorri pra mim, se não quiser dê catorze mortais para trás'. E eu ri, ri e ri. E com isso ele tirou de mim meus maiores medos. E pro resto da minha vida ele me fez rir. E pro resto da minha vida ele foi meu amigo. E pro resto da minha vida ele esteve ao meu lado. Ele nunca me deixou esquecer do quanto eu sou especial. E ele fazia questão de me lembrar que eu não sei viver sem ele. E ele fazia questão de me lembrar que eu jamais conseguiria ficar triste ao seu lado. E ele entrou na minha vida assim. Sem que eu percebesse tomou pra si minha eterna amizade. Sem que eu ao menos me desse conta ele fez com que sua presença fizesse toda a diferença pra mim. E agora rindo e rindo e rindo é que eu dedico a ele esse texto que não diz nada mais que a verdade.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Querida Estrela,

Oi. Er, eu estou aqui porque me disseram que talvez você pudesse me ajudar. Bom, essa é uma coisa que eu nunca imaginei que faria. Fazer pedidos a estrelas. Eu nem sei se isso... Enfim, eu não direi nada que faça você achar que eu tenho algum preconceito e decida não realizar o meu pedido. Será que eu estou falando demais? Mil desculpas. Eu nunca fiz isso. Não sei como devo me portar. Eu acho que ir direto ao ponto é uma boa idéia, então. Mas sabe, estrela, eu estou com medo. Eu ando muito assustada ultimamente. Com tudo. Mas do que eu estou com medo agora é de fazer o meu pedido e receber uma resposta. Uma resposta do tipo: ‘seu desejo não pode ser realizado’ ou ‘faremos o possível, mas não crie muitas esperanças’. É só que, eu quero tanto que... Aliás, eu preciso tanto que ele se realize. De uma maneira ou de outra eu preciso que as coisas mudem. Mas do jeito que está minha amiga, não dá pra continuar simplesmente. Acho que não vai adiantar se continuar prorrogando essa conversa, não é mesmo? Acredito que você não tenha tempo para tanto blábláblá. Eu queria acreditar que você tem. Às vezes sinto que estou falando sozinha o tempo todo. Ter você como ouvinte faria com que eu não me sentisse assim quando eu preciso de alguém que escute. Não acredito que você seja o tipo de amiga que cobra a nossa presença de corpo e alma vinte e quatro horas por dia. Na verdade eu não acredito que você PRECISE de presença de corpo e alma de qualquer forma. Você é um ser que concede pedidos, não é? Um ser que faz com que as pessoas acreditem em mágica. Que tipo de problemas você teria? Estrela, você me fez pensar. Quem concede os seus pedidos? Quem te ouve quando está triste, estrela? Ah, talvez você precise de uma amiga, sim. Eu adoraria estar com você, querida estrela, de corpo e alma. Mas não sei por onde anda minha alma. E meu corpo está sentindo falta dela. Foi por isso que te procurei hoje. Disseram-me que talvez você pudesse... Estrela, você pode, não pode? Verdadeiramente espero que você possa. Nossa, vejo o quanto eu falei. Será que você desistiu de me ouvir? Por favor, não desista ainda. Eu só preciso estar pronta. Parece que quando as coisas são ditas em voz alta elas simplesmente se concretizam. Eu nunca falei nada disso em voz alta. De repente ainda tenha tempo para que o que quer que seja que está acontecendo retroceda e desapareça se eu nunca falar nada. Mas talvez esse o que quer que seja me atormente pra sempre. Eu nunca vou saber estrela. Talvez você saiba não é? Bom, eu te direi de uma vez e daí você pode me explicar. Ah, eu até sinto uma coisa agora (dentre tantas outras que eu ando sentindo ultimamente). Mas acho que o que sinto agora não é algo tão desconhecido quanto as coisas que me levaram a vir até você esta noite. Uma pequena ansiedade é o que eu sinto. Acho que eu queria muito falar disso estrela. Só me dei conta do quanto agora. Mais uma vez peço desculpas. Eu falarei de uma vez então, ok? O que acontece é que, acho que já percebeu, meus sentimentos, minhas palavras, minha vida não pertencem mais a mim. E antes as coisas eram diferentes. Antes eu sabia exatamente o porquê de agir como eu agi, o porquê de dizer o que eu disse, o porquê de estar onde eu estive. Eu sabia tudo a meu respeito. Mas agora, estrela, eu nem ao menos sei o que me leva a tantas lágrimas, a tantos risos. E eu tenho uma dúvida tão grande, tão grande, minha querida. Aliás, eu tenho essa dúvida que vai além de todas as minhas outras dúvidas. Agora eu não sei se era antes que não vivia ou se é agora que meus dias são apenas dias. O que é isso, estrela? Por favor, eu não sei mais nada sobre nada. E, estrela, me disseram que você me ajudaria. Então acho que o que estou pedindo é algo parecido com esclarecimento. Ou talvez uma maneira de lidar com o que me é desconhecido. Ou talvez uma maneira de me conhecer de novo. E de conhecer o que meu novo eu está sentindo. Será que eu mudei estrela? Ou será que eu precisarei mudar para agüentar meus sentimentos mudados? Você vê, minha amiga? Eu não tenho mais certezas. Eu não tenho mais argumentos. Eu não tenho. Eu tenho, estrela. Eu tenho medo e eu tenho insegurança. Eu estou. Eu me tornei vulnerável. Eu me tornei alguém. E agora eu cheguei num ponto que eu não sei nem do que preciso. Será que você podia analisar tudo o que eu disse e assim descobrir o meu pedido? Já sei! Farei desse o meu pedido. Meu pedido é que encontres o meu pedido. Encontres o meu perdido. E peço que encontres também quem me encontre estrela, porque não sei se você terá tal disposição. Por favor, querida estrela, não quero te atrapalhar, mas me asseguraram que você me ajudaria. Se bem que eu não tenho me segurado em muita coisa ultimamente. Ai, estrela. Como estou confusa. Por isso preciso ao menos que você tente. Tentar não dói, não é?... ESTRELA! Será que eu não estou tentando? Quer dizer, eu nunca pensei em tentar antes. Estrela! Não! Eu preciso tentar! Eu preciso tentar, estrela! Eu preciso tentar agora! Eu nunca tentei. Por que eu não tentei, estrela? Escute, por favor, não tente ainda. É minha vez de tentar. Se eu tentar e falhar você tentaria por mim? Eu tentarei, estrela, tentarei. Por favor, me deixe ir mas não me abandone. Só me observe. Eu sei que saberá quando eu precisar de você, minha amiga. Ah estrela. Estou com medo. Mas dessa vez é um medo diferente do medo que eu sentia quando comecei a falar com você. Estou com medo e num bom sentido estou com medo. Ah, estrela, obrigada. Obrigada por realizar meu pedido. Obrigada por me mostrar. Espero que você continue fazendo isso por outras pessoas, mas sem nunca esquecer-se de mim, por favor. Tenho que ir, estrela. Tentar. Preciso começar agora. Tentar. Espero voltar para te dar boas notícias.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Eu sinto às vezes que fugir é...não sei... quase perto de certo. E penso que ignorar certos fatos é a melhor maneira de não sentir dor. E mesmo sabendo que fugir e ignorar não vão me levar a lugar nenhum, eu continuo insistindo. E insisto porque acho que está tudo bem. E insisto até descobrir que não, não está tudo bem. Nada mudou. Continuo sentindo o mesmo, pensando o mesmo, querendo o mesmo, não tendo o mesmo. E o mesmo continua me encarando, me provocando. Ainda finjo que não vejo.
Um dia desses me perguntei até quando isso duraria. Descobri que falta tão pouco pra explodir. Pensei que talvez fosse melhor quando explodisse, de qualquer forma. Já não precisaria fugir, ignorar, fingir. Já não teria mais do que fugir, o que ignorar ou pra quem fingir.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Este blog foi marcado pelo abandono. Que horror. Queria prometer que serei fiél e que todos os dias virei vê-lo, mas isso não é algo que se prometa. Não posso prometer o que não sei se vou cumprir. Não é sempre que quero ou tenho o que dizer. Não é sempre que as palavras que digo devem ser publicadas de qualquer forma. Mas acho que posso prometer que ao menos não esquecerei. E que voltarei assim que puder. Pelo menos sei que ele é o único que vai esperar por mim. :)